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SENSAÇÃO PSICOLÓGICA
O pensamento é o portador de todas as sensações. Se nos entregarmos à
influência de um hipnotizador, aceitamos suas insinuações e passamos a
viver e sentir o que ele nos transmite. Essa realidade é bem conhecida no
meio científico. Alguns hipnotizadores usam levianamente seus
conhecimentos, e muitos dentre eles vêem na hipnose uma fonte de rendas,
sem perceber que estão "brincando com fogo", sem o devido cuidado à sua
própria proteção.
Os Espíritos desencarnados que, porventura, conversam com os homens, pelo
instrumento mediúnico, e falam que estão sofrendo, têm frio e as vezes
calor, têm essas sensações em função do seu estado psicológico. Eles
relembram o passado, de quando estavam na carne, passando por determinadas
provas, e têm as mesmas sensações; a mente regride e busca no passado as
mesmas dores e padecimentos que lhes fizeram sofrer.
Até mesmo entre os encarnados esse fenômeno acontece; muitos dos
sensitivos, ao se lembrarem ou ao verem sofrimentos, sentem os mesmos no
seu corpo de carne, que depois passam, com o esquecimento ou com uma boa
conversa de irmãos que entendem esse processo negativo da alma. Devemos
convir que as virtudes assimiladas e vividas por todos nós são nutrições
positivas que nos levam ao equilíbrio psico-físico. Quantas vezes, em
sessões espíritas bem orientadas, comparecem irmãos desencarnados sofrendo
todos os tipos de inquietações, e mesmo profundos reflexos da sua vida
passada, porque nela eles prendem seus pensamentos e, ao se afastarem do
médium, saem aliviados e, às vezes, curados com as palavras bem postas do
doutrinador!
Aonde se prender os sentimentos, aí se sentirá o ambiente, confortando ou
desarmonizando o mundo mental. Todos os corpos que servem de vestimentas
espirituais sentem as reações da mente, e passam a elidir a influência
daquilo que armazenaram nos momentos em que a mente criava e irradiava
pensamentos de luz.
O Cristo veio ao mundo nos preparar no sentido de considerarmos o que
recebemos dos outros em forma de sugestão, diariamente, como também as
formas-pensamento que vagabundeiam no espaço e que se aproximam dos homens
por certas leis de justiça que nos comandam a todos. É nosso dever
apreciar as idéias que vêm de fora, vigiar e orar, para que não entremos
em sintonia com sugestões inferiores, porque elas podem nos levar a
padecimentos morais e mesmo físicos.
Jesus nos pede para visitar os enfermos, encarcerados, idosos e aflitos,
mas, não despejemos neles pensamentos e idéias negativas, para não
aumentarmos seus padecimentos. Para tanto, devemos nos preparar, educar e
disciplinar nossos sentimentos, cedendo à influência do amor e da
caridade, para que o próprio Cristo fale por nós, usando o nosso
instrumento de comunicação, pelas vias dos benfeitores espirituais, sempre
atentos a nos ajudarem. Não alimentemos dúvidas, porque a todos de boa
vontade, quando faltarem os recursos de consolar, serão acrescentados
valores que correspondem ao soerguimento das criaturas que procuram
assistir. Mesmo que os sofrimentos daqueles a quem visitamos sejam
físicos, não esmoreçamos, que a nossa palavra de fé realizará milagres. A
própria experiência vai confirmar o que afirmamos. A palavra tem o condão,
quando com o Cristo, de levantar caídos, curar enfermidades e consolar os
tristes, mostrando a todos que existe a esperança, canal certo para a
felicidade. Procuremos mudar o modo de pensar dos sofredores de toda
sorte, que eles passarão a se melhorar das suas enfermidades e, ainda
mais, a alegria brotará em seus corações, qual fonte de paz e de
confiança.
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