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ENGANO NA ESCOLHA
O Espírito pode perfeitamente se enganar na escolha da prova que queira
experimentar na Terra. A sua percepção, não atingindo a realidade, leva-o
a pensar que está sendo inteligente escolhendo provas de ociosidade,
tendo, como no dizer popular, só "sombra e água fresca". Quando volta ao
mundo espiritual ele se arrepende, e deseja retornar com volume maior de
obrigações e com provas duras, para compensar o tempo perdido, na ilusão
que lhe enganava.
Ele pode, também, pedir provas além das suas forças e sucumbir no meio do
caminho. Os extremos são perigosos, mesmo quando objetivamos o bem; tudo
depende das forças da alma que já despertou, e os benfeitores espirituais
deixam, em nome do Criador, que certas situações ocorram, quando isso
serve de lições mais profundas ao Espírito, de maneira a se conscientizar
da verdade. Até o próprio engano é lição, porque as conseqüências
favorecerão ao Espírito a oportunidade de procurar os caminhos mais
acertados.
Ninguém engana a Deus. As Suas leis são agentes de luz na disciplina das
criaturas; compete a cada uma analisar e decidir-se a fazer a vontade do
Senhor que vibra em tudo.
A Doutrina dos Espíritos, como bênção de Deus, ajuda os homens no labor de
compreender, mesmo na Terra, certas leis que vigoram e os faz entender o
que devem seguir, encontrando na caridade o mesmo amor que salva e que
instrui, que aprimora e que eleva, que clareia a vida e que dá vida. É no
sentido do bem para todos que pedimos aos nossos companheiros que não
percam tempo.
Escutemos as conversações dos homens honrados, estejam eles onde
estiverem. Quantos desses não estão no mundo com a missão de levantar o
padrão moral das criaturas!? Registra-se esse fato em todo o mundo.
Copiemos a vida dos grandes seres, que eles são rastros de luz a deixar
herança para os que têm boa vontade no aprendizado.
Procuremos analisar as verdades que já nos foram apresentadas, que
encontraremos caminhos iluminados por onde seguir, na marcha para Deus.
Os enganos são inúmeros na Terra, sendo sinal de volta dolorosa à mesma,
com serviço dobrado e deveres multiplicados pela soma da ignorância.
Comecemos agora a trabalhar o nosso interior. A cada passo que dermos,
conscientes do nosso dever de esforçar para subir, as mãos de Deus
auxiliar-nos-ão, com mais vigor, por termos aproximado delas, pela decisão
de trabalhar em nosso bem e no bem comum.
Não nos esqueçamos da oração, que ela nos colocará em condições de fugir
do engano, a dispensar-nos meios de compreender o valor do nosso próprio
trabalho em nosso favor.
Analisemos o provérbio: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. Essa é
uma grande verdade, que não deveria ser somente dita, mas vivida. Quem
cultiva seu campo íntimo, caminhando lado a lado com Jesus, espalha
sementes de luz no próprio caminho, e será clareado por ele, e nunca se
enganará nas escolhas que pode fazer para a sua glória, rumo à glória de
Deus.
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