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ADMIRAÇÃO
O Espírito elevado tem plena admiração pelas obras que deixou, desde
quando essas obras foram em benefício da humanidade. Tanto ele admira as
obras que ficaram com o sinal das suas mãos, como outras que seus
companheiros de plano também fizeram.
Não tem egoísmo nem adoração somente por sua obra; os seus olhos vêem o
belo, que faz parte da harmonia universal. Ele é tomado por alguns
momentos de tristeza, se fez alguma coisa prejudicial aos outros, mesmo
que o tenha feito inconsciente da ação maléfica. O bem comum lhe causa
alegria constante.
Essa nossa conversa é um toque a todos os encarnados. O Espírito na carne
está sujeito a tomar caminhos que não deveria palmilhar e, com a Doutrina
dos Espíritos, ficarão conscientes dos deveres, e com o modo de raciocinar
mais lúcido, de sorte que o coração em Cristo lhes inspire e aí possam
tomar decisões acertadas para se alegrarem mais, quando estiverem
novamente no plano espiritual.
O mal que tenhamos feito como encarnados nos atormenta pelos canais da
consciência, e o reparo tem que ser feito com urgência, porque somente
assim ele cessa de nos atormentar. Eis porque os nossos benfeitores nos
apresentam como solução a volta à Terra, porque é na carne que o reparo é
mais rápido, principalmente se foi nela que cometemos as faltas.
Passemos a admirar as grandes obras dos grandes instrutores da humanidade,
porque é pensando nelas que elas poderão nos inspirar para fazer mesmo as
pequenas coisas, como sendo o inicio para a nossa paz. É preciso ler as
obras da Doutrina Espírita, pois elas ajudarão na escolha dos caminhos, e
a melhor escola para quem deseja se iniciar nos conceitos de Jesus é a que
nos dá lições internas, que começam com a renovação dos costumes de vida.
O homem precisa conhecer a si mesmo; a senda de luz que deve trilhar com
mais segurança é o mundo interior. O fora da caridade não há
salvação é meio de grande utilidade para que se tenha inspiração
divina, no sentido de começar a amar ao próximo como a si mesmo e a Deus
sobre todas as coisas.
Esforcemo-nos para sentir admiração por nossas obras, que isso nos dará
forças para maiores aberturas no servir, porém, analisando, alegrando-nos
no que fazemos, mas em silêncio, para que os outros não vejam o
gazofilácio da vaidade tocar alto pela força do orgulho. O louvor em boca
própria faz desaparecer o nome sagrado que descobrimos pela boca de Jesus,
que se chama Amor.
A admiração que devemos ter sem limites é pela obra de Jesus, procurando
copiá-lo sem receio, que ela nos levará à paz interna, de modo a assistir
ao sol da verdade despontar no mundo da nossa própria consciência.
É lindo para o Espírito que deixou a Terra conservar o mesmo amor pelas
obras que deixou, sejam elas obras de arte ou de literatura, desde quando
essas obras falem da vida universal, da caridade de Deus, do amor e do
perdão. Nessa contemplação de seus feitos, a sua consciência esplende
todas as forças, mostrando-lhe que cumpriu seu dever, apresentando-se com
isso novas esperanças, para outras etapas, que podem vir em outras vidas.
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