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LIMITE DA VONTADE
Muito antes da concepção, do encontro do espermatozóide com o óvulo no
ventre da futura mãe, o Espírito já se encontra preparado para nascer de
novo. Para tudo há uma programação espiritual.
Quando a alma pode escolher suas próprias provações, os benfeitores
espirituais ajudam em muitas particularidades, para que o renascimento
seja bem orientado. Entretanto, as reencarnações não são iguais; todas
elas diferem umas das outras, embora a lei seja uma só para todas as
criaturas de Deus.
O Senhor sabe de tudo antecipadamente, por ser Ele, como já falamos
anteriormente, onisciente, onipresente e imutável. Para se ter uma boa
reencarnação, é preciso preparar para tal acontecimento. Para esse
preparo, o Evangelho de Jesus mostrará o que se deve fazer, limpando o
carma e clareando os caminhos pelo perdão incondicional, pelo amor e pela
caridade sem exigências. Existem, porém, reencarnações impostas, devido a
dureza dos corações, e essa imposição é impulsionada pelo amor de Deus aos
Seus filhos, para que eles despertem os valores que se encontram no sono
da indiferença.
Os grandes missionários da luz antecipam, e muito, a escolha da família e
do corpo que desejam para o desempenho de suas tarefas na Terra, pois,
lhes é facultado esse direito, pela sua elevação moral em todos os
aspectos, e eles sempre escolhem duros caminhos para trilhar, por terem
forças para vencer todos os obstáculos. Eles nunca se sentem afrontados
por doenças, tirando delas forcas que os ajudam em suas marchas. Francisco
de Assis foi um desses primores da espiritualidade superior, que, quando
foi proibido de andar, pois deveria ficar somente de repouso, reuniu seus
discípulos e combinaram para que eles o carregassem em cima do catre.
Assim, mesmo deitado, ele estava operando do mesmo jeito que antes.
A luz não sente as influências das trevas. Mesmo com o corpo inválido para
determinados trabalhos, o Espírito irradia forças ainda mais poderosas
para a construção da vida e alegria de todos. A inércia é para as almas
ignorantes.
A vida que se leva é, pois, uma mostra da escolha para outros corpos no
futuro. As nossas ações são sementes de luz ou de trevas, e sempre
colhemos o que plantamos na esteira das nossas caminhadas para Deus.
As colônias espirituais criadas pelos benfeitores são misericórdia para
todos nós. Elas nos preparam para a consciência do que pode acontecer
conosco e, ainda mais, os irmãos mais velhos dali nos instruirão do que
devemos fazer mais acertadamente. Aqueles dotados de humildade aprenderão
a escolher melhor sua volta à carne, sem revolta e sem apego.
Mesmo aqueles que se encontram na eternidade, sem pouso certo, são
seguidos pela luz, que observa o seu amadurecimento, e no dia do toque em
seus corações, certificar-se-ão de que as mudanças são melhores que a
pertinácia no mal. Aí então, entrarão no preparo para escolher novos
corpos, onde poderão encontrar a redenção, abraçando a luz e acendendo a
sua própria claridade no coração.
O véu da ignorância, hoje ou amanhã, caíra pela forca do progresso das
almas. Esta é a lei do Criador.
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