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DEPLORANDO A ESCOLHA
O Espírito, quando encarnado, depois que a sua consciência já se encontra
reduzida, não se lembra da escolha que fez, entra em um estado de
depressão, se em seu coração não vibra a fé.
Quantos não têm ouvido, principalmente na época que corre a juventude,
dizer que não pediu para nascer em tais ou quais circunstâncias. É a
revolta de estar preso na matéria, pois, o Espírito não se lembra de que
foi ele mesmo quem escolheu aquele tipo de proves, e quando não foi ele,
foi a lei que assim determinou, pela força que possui para que a alma
pudesse desabrochar suas qualidades de vida e de luz.
A alma não pode deplorar a escolha, pelo estado de inconsciência em que se
encontra. Quantos suicidas há, sem causas que se possa analisar, visto que
essa causa está no inconsciente, mas, ela se irradia para o consciente em
forma de depressão, que o leva ao momento drástico de tirar a própria
vida.
A Doutrina dos Espíritos, que é o mesmo Jesus voltando para a humanidade,
abre os braços a toda essa humanidade em sofrimento, não somente
consolando, porém, levando e dando educação a todas as criaturas de Deus.
É o Consolador prometido por Aquele que pode prometer, porque Ele é a
Vida, a Verdade e o Caminho.
Sabemos, e muitos homens são conscientes disso, que a vida na carne é como
uma prisão, cárcere esse que limpa as mazelas da alma e mostra a essa as
claridades maiores no desabrochar dos seus próprios talentos. Se passamos
por duras provas, não desdenhemos a vida que levamos; seguremo-nos na fé e
movimentemos as mãos no bem comum, para que esse bem possa nos levar a
tranqüilidade de consciência. Procuremos o amor em todas as suas
modalidades de expressão, que esse amor virá de Deus pelos canais do
Cristo, para nos salvar das depressões e da ignorância.
Firmemo-nos na lei das vidas sucessivas, que por elas podemos conhecer a
bondade de Deus; firmemo-nos na comunicação dos Espíritos com os homens,
que por esse intermédio notaremos que ninguém morre, e que a vida continua
em todas as direções; firmemo-nos no amor e na caridade, que desse modo
encontraremos a paz no coração e todas as diretrizes que nos levam a
harmonia interna.
Ajudemos no que pudermos aqueles que ainda dormem na inconsciência, e não
usemos o nome do Senhor em vão, sem saber diretamente dos Seus desígnios.
Lembremo-nos de que Jesus é o nosso Pastor, e que nunca deixa Suas ovelhas
tresmalhadas, sem o amparo d'Aquele que é a verdadeira vida. Não queiramos
que a nossa vida seja outra; ela é o que deve ser, de que precisamos. A
nossa felicidade se encontra nas linhas do nosso desempenho nesta vida.
Procuremos a tranqüilidade nas mínimas coisas. Não pensemos no mal nem
falemos nele, porque tudo o que pensamos e falamos entra em nosso caminho,
vindo ao nosso encontro. A vida nos responde com o que sintonizamos para
encontrar, essa é a lei do "pedi e obtereis", do "buscai e acháreis".
Com nada nos revoltemos, pois Deus está em tudo e nos mostra, pela nossa
compreensão, a luz que pode desabrochar por dentro de cada criatura.
Subindo o seu calvário, mesmo que seja pregado na cruz dos
problemas inúmeros, o Espírito é imortal, a glória surgirá no mundo da sua
consciência, e o Cristo recompensará.
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