FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IX

 

Questão 411 comentada

CAPÍTULO 03

0411/LE

PRESSENTIMENTO DA MORTE

 

O Espírito, quando está parcialmente desligado da matéria, mesmo que seja em relaxamento profundo, por vezes tem a intuição do dia da sua desencarnação, quando está preparado para tal revelação. Muitos sabem até o dia certo, e mesmo a hora, do seu desenlace espiritual. Isso acontece em todas as religiões e mesmo filosofias espiritualistas.

Quem sente essa verdade, alimenta-a, sem dúvida. Jesus foi um marco dessa prática, quando anunciou tudo o que deveria acontecer com Ele. Além do pressentimento da morte, existem também revelações outras, como desastres, morte de parentes e de amigos. Essa será a mediunidade do futuro, quando as revelações nos virão pelos processos da intuição.

Não há segredos para a alma livre, ou para a que fica livre, mesmo estando se movendo na carne. O Espiritismo nos mostra toda as modalidades, como o Mestre fez com os discípulos, para desenvolver ou despertar as faculdades espirituais que dormem no centro da vida. Se pudéssemos compilar em livros todos os casos acontecidos em todo o mundo, teríamos vários volumes, porque todos os dias acontecem em todos os países essas revelações, como, também, de pessoas que, em estado de catalepsia, visitaram o outro mundo, o mundo dos Espíritos, lembrando-se de tudo o que com elas sucedeu.

O que falta à humanidade é maturidade de consciência para se sustentar, passando a viver os ensinamentos de Jesus, que confirma o intercâmbio entre os dois mundos, a reencarnação e, enfim, todos os anúncios da Doutrina Espírita, que trilha junto à verdade.

Não é revelado a todos os seres o dia da sua morte, porque criaria confusão no meio dos homens, sem o devido preparo. Falta-lhes a educação espiritual para tal anúncio em massa. Somente com o tempo, os Espíritos superiores deverão usar o espaço para os avisos desta ordem. Temos de considerar, nesta fase por que passa a humanidade, o momento de grandes provações, quando as almas se encontram aturdidas, e seus corações crêem e descrêem, fazem e desfazem, afirmam e negam, abençoam e amaldiçoam.

Jesus é a firmeza da humanidade. Esse é o século da confusão, após o qual nascerá a estabilidade nos corações aflitos. A Doutrina Espírita veio cuidar das criaturas perdidas em ondas revoltas, e ela é capaz de conduzi-las à praia, na extensão da sua harmonia, para que todos tenham paz no coração, e a consciência receba a tranqüilidade que não perturba. Depois da calmaria, as revelações no sentido da morte, nesse ou naquele dia, não vão trazer distúrbio algum à alma e, sim, alegria, por voltar à verdadeira pátria, onde poderá encontrar, já esperando, os velhos amigos e familiares que a precederam pelos portais do túmulo.

O Espírito, estando desprendido da matéria, tem a sua visão expandida e seu conhecimento ampliado, de sorte que a vida lhe aparece da existência de Deus. Isso, quando ele passa a conhecer um pouco da verdade. Devemos idear pensamentos valiosos, meditar na nobreza da vida, e passar a viver copiando a vida de Jesus, porque Deus nos assiste por muitos canais, mas, na Terra, Ele se firma na personalidade do Cristo, que flui a vida para todos nós com mais intensidade de amor. O amor é a explosão de vida, no centro das vidas, onde domina Deus e esplende o Cristo.

 

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