0416/LE
VISITAS ESPÍRITAS VOLUNTÁRIAS
O Espírito tem uma postura quando no corpo; entretanto, ao tornar-se livre
da matéria, dentro da sua parcialidade, ligado apenas pelo cordão
fluídico, ele pode pensar de outra forma, desde quando seja alma elevada.
Por exemplo: se, quando se movendo no corpo, ele deseja fortemente
encontrar-se com alguém no plano do Espírito, ao entrar no transe do sono,
mais livre, ele pode não se interessar mais pela idéia preconcebida. Mas,
quando é um Espírito envolvido nas paixões inferiores da carne, em estado
de sono pode se encontrar com companheiros das mesmas idéias, ou piores
ainda.
Há pessoas que concentram os pensamentos para encontros no mundo dos
Espíritos, e confabulações com tais e quais entidades; no entanto, isso
depende de muitas condições, não somente dos pensamentos que firmam em sua
mente. E o direito dos Espíritos com quem desejam se encontrar? Se eles se
encontram em planos superiores, o trabalho é constante em suas vidas, e só
atendem aos pedidos se quiserem, por serem superiores aos que os chamam.
Também pode ocorrer que, não comparecendo aquele a quem se chama,
Espíritos brincalhões assumam sua aparência e façam sua festa costumeira.
Para trabalhar, poucos se oferecem; para brincar, existem muitos
candidatos.
Tudo é sintonia. Para onde pendermos nossa mente, do modo que pensamos e
vivemos, encontraremos companhias do mesmo quilate no plano do Espírito.
Somos atraídos para onde pender o coração, e quanto mais forte for a
tendência, mais nos reuniremos com os nossos iguais.
Concitamos os irmãos que ainda se encontram revestidos da carne, para
procurarem escolas de educação espiritual, para cada vez mais limparem dos
sentimentos as paixões inferiores, que elas têm a força de os conduzirem
aos planos mais baixos do umbral. Lá, encontrarão Espíritos que pensam e
agem em estado bem pior do que os encarnados. Ali se processa a
festividade dos sentimentos degradados. Eles dormem no mal e desconhecem
os valores imortais do bem; pensam que enganam a vida e nunca cogitam da
existência de Deus. Porém, enganam-se a si mesmos e a cada momento que
passa, seus corpos espirituais vão ficando mais lerdos, a circulação de
energias mais difícil e em muitos casos ocorre um endurecimento nos
centros de forças espraiados nos corpos sutis que revestem o Espírito.
Quando esses Espíritos voltam à Terra, encontram em seus destinos o
chamado carma, que lhes cobra tudo até o último ceitil, no dizer do
Evangelho.
Jesus, quando curava os doentes do corpo, entregava a eles o material
divino para a cura da alma, que somente eles mesmos deviam fazer.
É o curar a si mesmo.
Todo material de cura que existe na Terra, mesmo os espirituais, são
paliativos, porque a verdadeira cura vem de dentro da alma: são as
mudanças de vida e a obediência às leis naturais. Fora disso, é sofrer as
conseqüências dos seus feitos incorretos.
A dor é, em toda parte, uma descarga das forças selvagens entranhadas no
mundo da alma; no entanto, ao sofrer, o Espírito muda de idéias,
procurando sempre melhorar espiritualmente. Se não melhorar, a dor
continua até modificar seus sentimentos. Podem-se diminuir as dores e até
não sofrê-las, se entendermos que a dor é a mestra. Desde quando se
procura fazer o que ela vem ensinar, cessa sua necessidade nos nossos
caminhos.
<< Voltar à Página da Questão (L.E.) <<