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DESENVOLVIMENTO DA SEGUNDA VISTA
Certas circunstâncias desenvolvem a segunda vista, como a enfermidade e as
emoções que venham a afetar a alma. No entanto, desenvolvem não somente a
segunda vista, mas desenvolvem também todas as faculdades mais afloradas,
destacando-se aquela que se encontra mais fácil de se evidenciar.
Quando o encarnado se encontra à beira da morte, no dizer dos próprios
homens, certamente que esse Espírito passa a ver alguma coisa do mundo
espiritual, porque afrouxam-se os laços do Espírito, pelas circunstâncias
por que ele passa. Às emoções violentas correspondem exercícios acentuados
no campo dos dons espirituais; esses se afloram, porém, é indispensável
que, se ele continuar aflorado, seu portador saiba aproveitar a
oportunidade para o bem comum. Esses dons são mãos do Espírito que podem
passar a semear, e quem semeia deve colher o que plantou, no campo imenso
da vida do Espírito. É muito nobre conhecermos de tudo na criação. No
nível em que a humanidade da Terra se encontra, a necessidade mais urgente
é de transformação interna das criaturas, porque, mudando-se por dentro, a
lei faz mudar por fora. Quem é feliz na intimidade, a felicidade se
estende no exterior, trazendo para junto da criatura a paz que já existe
no centro d’alma.
Tudo isso que falamos, do desenvolvimento por grande comoção, não se pode
generalizar, porque, em muitos casos, os seres passam por isso tudo que
mencionamos e nada aflora no campo das suas observações. Depende muito da
escala em que o Espírito se encontra, ante as suas qualidades espirituais.
Em época de provações coletivas, por exemplo, onde a natureza entra em
comoção violenta, a crença em Deus é bem maior, visto que o
desenvolvimento espiritual fica mais visível para a maior parte dos que
sofrem esse arrocho emotivo. Mesmo nos circos romanos, onde se trucidavam
milhares de cristãos, eles desenvolviam a segunda vista quando não a
tinham, e a aumentavam quando já eram dotados desta faculdade, e cantavam
hinos de louvor a Deus pelos seus testemunhos frente às feras famintas,
enquanto os ignorantes que se alegravam com os sofrimentos, não sabiam o
porquê da sua felicidade, tendo-os como seguidores fanáticos do
Carpinteiro. Assim ainda ocorre com as perseguições que se passam com os
grandes missionários: eles ficam mais perto da realidade e os
perseguidores mais longe da verdade, Os perseguidos ainda oram pelos
perseguidores, sabendo que todos são filhos de Deus e que a lei do amor os
une. Ninguém se perde, pois todos vibram dentro da eternidade e do seio
d’Aquele que os fez à luz da Verdade.
Convém notar pela prática das faculdades, que elas nascem de dentro, mas
que suas diretrizes pertencem à maturidade das almas guiadas por Deus sob
a égide de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra.
Os dons espirituais foram doados para aflorarem-se em todas as criaturas.
Mesmo que negados, algum dia eles vêm à tona. Isso constitui lei do
Criador para a felicidade da criação. Os talentos são instrumentos para a
paz de consciência. Devemos começar agora mesmo as mudanças de
comportamento, porque desta maneira estaremos cooperando visivelmente com
a nossa própria paz de Espírito, sem precisar das grandes comoções nos
caminhos, diminuindo, assim, os nossos sofrimentos, no que tange à nossa
luz.
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